Não estou eufórica porque este não me parece o tema apropriado para isso. Ainda se fosse a Selecção...
Ontem foi um dia feliz para os portugueses... para as mulheres em especial. Alguns fizeram muito para que este dia chegasse, outros nem tanto! Ainda se fosse a Selecção...
Estava a chover e muita gente ainda não sabia muito bem para que lado cair. Afinal nem houve assim tanta informação na comunicação social. Ainda se fosse a Selecção...
Só algumas pessoas perceberam que o que estava em causa não era ser contra ou a favor do aborto, mas que, tendo consciência inequivoca de que a mulher vai continuar a escolher se quer ou não avançar com uma gravidez, possa fazê-lo em condições de higiéne, segurança e com acompanhamento médico.
Mas pior que isso é constatar que a maioria não percebeu coisa nenhuma: não percebeu o que estava a votação, não percebeu a importância do voto de cada um, independentemente da escolha feita, não percebeu o que significa, aos olhos dos outros países desenvolvidos, perceber que a população se abstem, consecutivamente, de decidir, seja sobre o que for!
Num tema que a Assembleia tinha poder de decidir por si, sem ter de recorrer a referendo, o país é chamado a opinar e responde desta forma: "Está muito mal este país, é uma vergonha, os políticos são uns corruptos, blá, blá, blá...ir votar sobre o aborto? Eu? Logo se vê! Ainda se fosse a Selecção..."
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1 comentário:
É uma pena.
É também nosso costume ter um optimismo esquisito, como quando se diz: "Teve sorte, só partiu 36 ossos, podia ter morrido".
Neste caso, ainda que a adesão tenha sido infeliz, safa-se o resultado. No fim, tivémos sorte.
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